Por Karina Michelin
Um chefe da Patrulha de Fronteira dos EUA descobriu que crianças estão sendo medicadas com soníferos por traficantes de seres humanos em El Centro, Califórnia, “ações criminosas tão horríveis que desafiam a decência humana”.
De acordo com fichas informativas federais, os traficantes muitas vezes têm como alvo menores não acompanhados e famílias vulneráveis, sabendo que as crianças não têm forma de se protegerem.
E as autoridades acreditam que esta tática de sedar as crianças é uma forma de garantir que as crianças sejam vistas, mas não ouvidas, pelas autoridades fronteiriças.
No Arizona, oficiais da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos EUA no porto de entrada de San Luis interceptaram uma mulher que tentava contrabandear duas crianças através da fronteira em 29 de agosto de 2024.
As crianças, de 8 e 11 anos, também foram sedadas. A mulher, cidadã americana, apresentou certidões de nascimento que não pertenciam as crianças que ela dizia ser seus filhos. A mulher foi presa e as crianças entregues às autoridades.
Há poucos dias em Laredo, Texas, uma mulher de 23 anos se declarou culpada de contrabandear uma criança através da fronteira, sedando-a com gomas de melatonina e usando uma certidão de nascimento fraudulenta.
Ela fazia parte de uma máfia de contrabando de crianças que tinha como alvo crianças menores de 5 anos.
Um relatório recente do Subcomite de Segurança Nacional, Fronteiras e Relações Exteriores da Câmara afirmou que três em cada 10 crianças não tinham qualquer relação familiar com os adultos que as acompanhavam.
Durante a administração Trump, foram utilizados testes de DNA para verificar as relações familiares na fronteira, num esforço para reprimir os traficantes humanos que se faziam passar por familiares. O programa de testes de DNA foi eliminado pela administração Biden/ Harris.