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Escolas cívico-militares - A quem elas incomodam?
Cidadania
Publicado em 13/10/2024

Quatro processos no Supremo Tribunal Federal (STF) dão uma amostra de como a esquerda se articula para defender suas posições num tema crucial: a educação básica de crianças e adolescentes.

Tramitam na Corte ações, apresentadas por PT, PSOL, PCdoB e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) – que reúne sindicatos de professores – que buscam derrubar leis do Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul que instituíram e regulamentaram a implantação das escolas cívico-militares em cada um dos estados.

Nesses processos, nada menos que 27 órgãos públicos federais, ONGs, associações e entidades, incluindo os próprios partidos, se juntaram para atacar o modelo, impulsionado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que conquistou popularidade e apoio entre pais de estudantes, e alcançou, nos últimos anos, a maioria dos estados.

Famílias, governadores e prefeitos conservadores aderiram em massa às escolas cívico-militares por serem um raro caso de sucesso na educação brasileira e aplacarem um dos maiores problemas atuais da educação pública e diretamente responsável pelos maus resultados no aprendizado: a indisciplina e a violência no ambiente escolar, especialmente em bairros pobres e de periferia das cidades.

O resultado já é visível: o Paraná, que foi pioneiro na ampliação das escolas cívico-militares, com uma lei aprovada em 2020, manteve a liderança entre os estados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio.

Entre as 20 escolas com as maiores notas, incluindo públicas e particulares, cinco são colégios administrados pela Polícia Militar, duas funcionam no modelo cívico-militar e seis são instituições com gestão federal.

Fonte: Gazeta do Povo

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