Uma midia tendenciosa, uma polícia subserviente ao sistema e algumas supostas provas, totalmente inconsistentes, são suficientes, no Brasil de hoje, para criar a narrativa de que houve uma tentativa de "golpe de estado".
Mesmo que ninguém tenha utilizado armas, que nenhuma ação efetiva tenha sido praticada para concretizar o golpe imaginário, os articuladores do enredo não levam isso em conta.
No fundo, o que eles querem mesmo, é destruir a imagem daqueles que tentaram impedir que o Brasil fosse sequestrado e dominado por um grupo que tem como um dos seus principais líderes, alguém que saiu direto da cadeia, para o cargo mais alto da República.
Em novembro, Jair Bolsonaro e alguns de seus ex-ministros enfre,ntarão indiciamento pela Polícia Federal, conforme informações de Guilherme Amado, do Metrópoles.
A investigação está centrada em uma suposta tentativa de golpe de Estado, planejada após a derrota nas eleições de 2022.
Entre os indiciados, estão os ex-ministros generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, além do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A PF teria encontrado indícios que ligam Bolsonaro à elaboração de uma minuta que sugeria decretar Estado de Sítio para reverter o resultado eleitoral.
Anotações de Augusto Heleno teriam revelado planos para frear investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo inclusive a prisão de delegados que se recusassem a seguir ordens do governo.
As informações fazem parte de um compilado apreendido na casa de Heleno, onde constam estratégias consideradas golpistas para lidar com a derrota eleitoral.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também está no centro da investigação.
Foi com ele que a Polícia Federal encontrou suposta minuta com planos de contestar o resultado das eleições por meios inconstitucionais, utilizando um decreto de Estado de Sítio e operações militares para garantir a ordem.