Por Karina Michelin
Maduro declara mais uma vez fidelidade ao regime comunista russo putianiano em Kazan e diz: "Admiramos suas vitórias militares na luta contra o nazismo e o fascismo."
A "questão venezuelana" irrompe na cúpula do BRICS em curso em Kazan, na Rússia, correndo o risco de criar uma profunda fratura em um grupo que está lutando com a definição urgente de sua identidade.
Tanto Lula quanto seu conselheiro especial de política externa, Celso Amorim, disseram informalmente aos aliados que não concordam com a inclusão da Venezuela de Maduro e muito menos com a do autoritário Daniel Ortega da Nicarágua.
O Brasil aceita sem reservas os outros dois países amigos latino-americanos na lista, Cuba e Bolívia, e disse que está disposto a fazer qualquer coisa para convencer a Colômbia do progressista Gustavo Petro a se aproximar dos Brics.
No entanto, Lula considera imprudente e contraproducente sentar-se na mesma mesa que Maduro neste momento, considerando que não reconheceu sua vitória eleitoral por causa da flagrante falta de provas.
Putin apoia a Venezuela de se juntar ao BRICS, deixou sua posição muito clara diante dos países membros.
Embora nenhum veto formal tenha sido emitido, Lula deverá se pronunciar oficialmente sobre a filiação da Venezuela ao BRICS, o que poderá causar um grande mal-estar ao bloco autoritário e totalitário que detesta o Ocidente.
Nicolas Maduro, no entanto, pode dizer que está satisfeito por ter feito sua primeira viagem ao exterior desde as eleições roubadas do final de julho. Maduro se viu novamente apertando a mão de seus parceiros e principais patrocinadores internacionais.
Todos felizes em Kazan, pelo menos por enquanto, a menos que surpresas de última hora apareça…