Por Rodrigo Oliveira
O que me preocupa hoje não é mais a educação dos jovens, mas sim a dos pais. A questão que me tira o sono é como eles próprios serão educados.
Estamos vivendo uma crise de “adultescentes”. Cada vez mais vejo pais que se comportam como seus filhos — e, em muitos casos, de forma até pior.
Não é raro encontrar alunos que precisam intermediar conflitos entre pai e mãe, assumindo o papel de adultos porque os “adultos” agem como crianças.
Não é preciso ser especialista para perceber que enfrentamos uma crise de imaturidade.
A proliferação de cursos voltados para ensinar adultos a agir como adultos é uma evidência clara dessa realidade.
Se há tanta oferta, é porque há uma grande demanda. E a procura está longe de ser baixa.
Há um mercado lucrativo para quem ensina “marmanjo” a ser gente grande: 12 passos para isso, 10 passos para aquilo…
São fórmulas mágicas que prometem transformar o imaturo em uma pessoa responsável em dez aulas e duas imersões.