A proporção de argentinos em situação de pobreza, quando analisada com um mesmo parâmetro, é menor que a de brasileiros.
Em 2022, 10,9% da população da Argentina vivia abaixo da linha da pobreza, enquanto no Brasil esse número era de 23,5%, de acordo com uma análise de Marcelo Neri, diretor do FGV Social, conforme o jornal Folha de S.Paulo. Ele utilizou como referência uma renda mensal per capita inferior a R$ 666.
Apesar da vantagem argentina em 2022 segundo o estudo comparativo, os critérios adotados por cada país para medir a pobreza diferem.
Na Argentina, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) define como pobres aqueles que não têm renda suficiente para atender a necessidades básicas, como alimentação, vestuário, transporte, saúde e educação.
No primeiro semestre de 2024, o Indec reportou que 52,9% dos argentinos estavam em situação de pobreza, um aumento de 11,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023, afetando 15,7 milhões de pessoas. O cenário engloba 4,3 milhões de lares e reflete uma crise econômica mais recente no país.
Já no Brasil, o cálculo oficial considera outras variáveis, como os critérios estabelecidos pelo IBGE, que diferem das estimativas feitas por Marcelo Neri.
A série elaborada por Neri buscou equalizar o “termômetro” para comparar os dois países, usando a mesma linha de pobreza.
“Tudo depende do termômetro”, explica o pesquisador, frisando que as metodologias de Brasil e Argentina não são diretamente comparáveis.
Fonte: Conexão Política