A estratégia intimidatória do sistema, que prendeu pessoas inocentes no dia 8 de janeiro e em seguida promoveu condenções arbitrárias e injustas, até que surtiu efeito por algum tempo.
Temendo novas prisões e condenações injustas , muita gente evitou participar de protestos nas ruas nos últimos meses, se limitando a desabafos inofensivos nas redes sociais.
Agora, no entanto, quando a poeira do rolo compressor que atropelou os direitos mais básicos da liberdade de expressão dos brasileiros começa a baixar, e quando até mesmo aqueles que, por equívoco, escolheram o lado errado começam a perceber o tamanho da bobagem que fizeram, os cidadão começam a voltar à ruas para protestar.
Defesa de ditaduras e de terroristas, decontrole da economia com aumentos abusivos de impostos, cortes de benefícios sociais, crescimento desenfreado do crime organizado; todas essas medidas que estavam muito bem camufladas durante a campanha e que agora se manifestam, surpreendem até alguns esquerdistas de carteirinha, que esperavam a instauração do "império do amor".
Grupos de manifestantes foram às ruas em cidades como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte para protestar contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no feriado de 15 de novembro.
O tema predominante das manifestações é o pedido de impeachment do presidente Lula. Mas os manifestantes pedem também o voto impresso nas próximas eleições e a restrição dos poderes do Supremo Tribunal Federal.
Em São Paulo, os manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, mas tiveram dificuldades de mobilização devido ao fato da Polícia Militar ter mudado na última hora o local onde foi autorizada a concentração do ato. A manifestação começou por volta das 14h.
O ativista Adilson Zambotti acompanhava os protestos na frente de um dos dois carros de som envolvidos. "As pessoas estão vindo, o movimento está aumentando", disse no início do ato.
No Rio de Janeiro, centenas de manifestantes trajando verde e amarelo se reuniram na orla da praia de Copacabana, próximo à rua Miguel Lemos.
O ato começou por volta de 10h. Participantes do protesto reclamaram contra a ação da guarda municipal que teria apreendido bandeiras de supostos vendedores irregulares.
Fonte: Gazeta do Povo