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Renan Gallina - O heroi ignorado
Comportamento
Publicado em 10/12/2023

Os Jogos Pan-Americanos de Santiago realizados este ano no Chile, revelaram um novo fenômeno do atletismo brasileiro.

Um jovem atleta, com menos de 20 anos de idade conseguiu conquistar duas medalhas de ouro nas provas de velocidade do atletismo, em um intervalo de menos de uma hora, deixando pra trás os super campeões jamaicanos e americanos. 

Mas se temos um novo fenômeno em nosso esporte, por que é então que isso não está repercutindo nos grandes meios de comunicação e quase ninguém ouve falar desse feito heróico para o esporte nacional?

A explicação, lamentável, pode estar no novo contexto ideológico adotado pela grande mídia, adepta que se tornou das chamadas pautas identitárias.

Se um branco, heterossexual, nascido no sul do país, e ainda por cima atleta das Forças Armadas (Marinha) realiza um feito especial, isso simplesmente não é interessante para divulgação da militância adoecida e ressentida da grande maioria das redações.  

Independe da inveja e da dor infundada dos ressentidos de plantão, que se recusam a lhe dar o destaque que merece, o Pan deste ano foi inesquecível para o paranaense Renan Correa Gallina.

Afinal, independente de raça, do gênero ou de qualquer outro rótulo que queiram aplicar, somos todos brasileiros. A diferença no esporte está apenas nos resultados e é assim que tem que ser. 

O corredor de Maringá ganhou duas medalhas de ouro em menos de uma hora: à 20h10, na prova individual de 200 metros; às 21h03, no revezamento 4×100.

Renan Gallina entra para a galeria dos principais nomes da nova geração do atletismo brasileiro com apenas 19 anos, ao conquistar a medalha de ouro nos 200 m rasos masculino dos Jogos Pan-Americanos de Santiago.

O atleta venceu a prova com a marca de 20s37, superando José Gonzalez, da República Dominicana, que foi prata com 20s56. Nadale Buntin, de San Kittis e Nevis, completou o pódio com 20s79.

Renan Gallina quebrou um tabu de 24 anos sem vitória brasileira nos 200 m rasos dos Jogos Pan-Americanos.

A última medalha de ouro do país havia sido conquistada por Claudinei Quirino em Winnipeg-1999.

Além deles, Robson Caetano, em Havana-1991, foi o outro atleta do Brasil a vencer a prova.

Neste ano, Renan revezou entre competições de atletas com menos de 20 anos e até mesmo o Mundial de Atletismo, torneio em que o jovem chegou à semifinal da prova de 200m rasos e ficou entre os 15 melhores do mundo na prova em que é especialista – tem 20s12, alcançado no Troféu Brasil, como recorde.

Só que a prova mais tradicional do atletismo também conta com boas marcas do jovem. Renan Gallina correu os 100m rasos em 10s01 em maio deste ano, e ficou cinco centésimos atrás da melhor marca da história de atletas brasileiros – Felipe Bardi fez 9s96 também em 2023.

O tempo se tornou o recorde do Sul-Americano Sub-20 e alcançou o posto de sexto melhor corredor júnior da história, ficando à frente de lendas aos 19 anos, como Usain Bolt, por exemplo.

E foi justamente correndo 100 metros que o atleta ajudou o Brasil no revezamento. Ao lado de Erik Barbosa, Felipe Bardi e Rodrigo do Nascimento, Renan conquistou a medalha dourada no 4 x 100 com tempo de 38s67 e fechou o Pan de 2023 com dois ouros.

 

 

 

 

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