Por Brendan O'Neill
A gota d’água para mim foi a demonização de mulheres que não aceitam a ideologia do transgenerismo.
Ao longo dos últimos cinco anos, ou algo assim, qualquer mulher que “negue” que um homem possa se tornar uma mulher — a nova verdade religiosa da nossa época moralmente perdida — é severamente perseguida.
Ela é rotulada como intolerante, transfóbica, uma Terf (sigla em inglês para "feminista radical que exclui trans").
Esses insultos são cuspidos nessas mulheres com o mesmo ódio e veneno com que se faziam acusações de bruxaria outrora.
Foi quando pensei comigo mesmo: a caça às bruxas, a humilhação pública, a guerra à heresia estão de volta.
Palestrei na Universidade de Oxford em 2018, destacando minha crença herética central — a de que as pessoas nunca conseguem mudar de sexo.
A reação foi insana. Houve protestos. O jornal estudantil de Oxford me condenou por meu “ódio”.
Uma ouvinte ficou tão horrorizada pelo que eu disse que começou a hiperventilar e teve que ser retirada da sala.
E assim reconheci, sem dúvida, que estamos numa nova era de irracionalismo, uma nova era de ódio ao livre pensar.
E decidi que precisava escrever sobre isso.
Fonte: Revista Oeste