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Exibiconismo vazio - O inferno digital
Comportamento
Publicado em 17/12/2023

Por Rodrigo Oliveira*

Numa sociedade de influenciadores, a guerra sempre será para ter controle dos seus valores, das suas crenças e dos seus desejos.

O marketing pessoal é cada vez mais persuasivo.

Mostrar-se na internet como bom pai, como bom marido, como um atleta formidável ou um religioso exemplar é bem diferente de ser um bom pai, ser um bom marido, de ser um verdadeiro atleta ou uma pessoa piedosa.

A vida perfeita vende — e vende muito.

É um produto que sempre esteve à mesa do brasileiro: nas propagandas de manteiga, em véspera de Natal ou nos cursos e podcasts.

Nada vende mais do que a aparência.

Os influenciadores sabem muito bem disso, e pintam os sepulcros de todas as cores.

A questão que ainda não foi posta à mesa é: até quando as pessoas continuarão a lamber os esses túmulos?

* Rodrigo Oliveira é Mestre em filosofia e Doutor em Ciências da Religião

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