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Assassinato de reputações - A barbárie digital
Comportamento
Publicado em 27/12/2023

Por Rodrigo Oliveira*

Em uma sociedade do espetáculo, a dispersão dos poderes pode fazer emergir uma ditadura ainda mais intensa.

Pois quando se atribui tanto poder aos vícios que mais despertam nossa curiosidade, o homem-massa se torna refém de quem faz disso uma profissão.

Vide, por exemplo, quanto poder possui nas mídias em geral quem vive de propagar fofocas.

É impressionante como essas pessoas vivem da vã curiosidade, do vil prazer que as pessoas sentem ao ver alguém sofrer com os diários assassinatos de reputações.

Poucos sabem que isso é um pecado grave.

O Catecismo assevera que "a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade”.

Ferir a reputação de alguém é muito grave, explica Santo Tomás, pois, sendo a reputação um dos bens temporais mais preciosos, com a sua falta o homem se acha impossibilitado de praticar muitos bens.

O poder de assassinar reputações, portanto, não é um poder pequeno.

Qualquer Twitter, perfil de Facebook ou Instagram com milhões de seguidores pode realizar atos tirânicos que acabariam com a vida de qualquer pessoa.

As páginas de fofoca são os novos coliseus. Vidas são expostas e arruinadas.

O fato de a gente não ter contato direto com as pessoas que sofrem do mal de serem expostas, não significa que a barbárie não seja igual ou pior que a de um Coliseu.

 

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