Por Aline Rechmann/Gazeta do Povo
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está prestes a comemorar 40 anos de história com recorde de invasões de terra e uma série de pautas progressistas agregadas à agenda que motivou a sua criação: a reforma agrária.
Muito além de um movimento que diz buscar uma distribuição de terras supostamente justa, ao longo dos anos, o MST vem incorporando uma série de pautas progressistas que ocorrem em paralelo à agenda de invasões ilegais de terras.
Neste contexto, merece destaque a incorporação da chamada "cultura woke". O termo "woke" vem sendo utilizado para se referir aos adeptos do relativismo moral e de outras pautas progressistas, como a ideologia de gênero.
Aqui, podemos mencionar dois tipos de esquerda: uma mais relacionada à luta de classes fundamentada no marxismo e outra mais voltada para a cultura woke e o progressismo.
O MST está atrelado predominantemente ao marxismo. Mas junto com a ascensão da cultura woke, vem se adaptando e assumindo essas pautas para acompanhar a esquerda, de forma geral.
A pauta woke segue em paralelo à atividade ilegal de invasões, que somaram ao menos 71 casos de janeiro a novembro deste ano.
O MST busca protagonismo em pautas como as do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, além das chamadas orientações sexuais ilimitadas e identidades de gênero usadas pelos membros dessa comunidade, conhecida pela sigla LGBT+.
Em suas ações, é possível ainda identificar pautas relacionadas ao racismo e ao aborto.
Essas pautas, além de chamar a atenção de uma parcela da sociedade, vêm atraindo esforços do governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT), que formulou um documento para dar respostas às demandas do movimento. Dentre elas estão uma série de reivindicações relacionadas à comunidade LGBT+.