Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
PUBLICIDADE
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/e0b7a2219c85819b11f0f3aecd7c2547.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/42610458bf7e91ed3a7e9c3f54b50b32.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/e83591e691eb0b9734ef857bc42d941e.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/c8b8ee966cc27f3832faba07b443d2fc.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/56b1a78f770e79d04de8df971a4a6301.png
Tempos de crise - Como sobreviver?
Comportamento
Publicado em 04/01/2024

Por Rodrigo Oliveira

Estamos vivenciando não apenas uma época de mudança, mas uma verdadeira transformação de era.

Períodos críticos como o atual podem dar origem a mudanças profundas que se estendem por anos, décadas ou até séculos, tendo impactos positivos e negativos.

A crise atual é aguda e tem gerado desorientação.

Com a educação de baixíssimo nível que temos, a nossa situação piora.

Pois as pessoas já não sabem decidir sobre coisas mínimas: o que é admirável ou execrável, justo ou injusto, bem ou mal.

Os modelos para muitos são influencers que ostentam riquezas e colocam a fama como um valor supremo; os ídolos são jogadores de futebol que traem as esposas, são presos ou passam a vida consumindo álcool; os políticos que instrumentalizam o poder para se enriquecerem.

Em tempos assim, prevalece o maniqueísmo simplório — a eterna disputa entre um lado bonzinho e outro mauzinho. A polarização é um dos traços dessa crise.

O que podemos esperar da discussão pública sobre as crises que se intensificam no mundo?

O Brasil, em termos culturais, é um deserto que, para ser irrigado, precisaria de dez Rios Amazonas.

Os comentários acerca da guerra ou de temas polêmicos como o aborto são apenas reproduções partidárias ou de algum “coletivo político”.

Sempre tem alguém para dizer: “Eu não me senti representado na sua fala”.

As discussões se transformam em pautas.

Se você sair um milímetro da linha de pensamento ou da crença de alguém, será atacado, perseguido, desonrado diante do imenso público da internet.

Como sair disso? Não tenho visto outra saída senão o estímulo antropológico de nos colocar no lugar do outro.

Como disse Amós Oz, «a curiosidade também é uma virtude moral».

Sem essa curiosidade que se volta para a compreensão do próximo, das suas dores e flagelos, os períodos críticos continuarão sendo maquiavélicos: os fins se justificando pelos meios.

O sangue continuará a escorrer em nome de uma «justiça».

Comentários