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O sentido da vida - Salvos pela fé
Comportamento
Publicado em 04/01/2024

Por Thiago Cortês

De acordo com o psiquiatra Theodore Dalrymple, a epidemia de infelicidade que assola o mundo moderno reflete justamente a obsessão das pessoas com a felicidade.

Com mais de 30 anos de experiência em atendimento em consultórios chiques, presídios, hospitais públicos e privados de Londres e arredores, Dalrymple começou a notar um padrão de comportamento nos casos mais graves que recebia.

Na esmagadora maioria dos casos, notou o famoso psiquiatra e escritor, as pessoas mais preocupadas em ser e parecer felizes eram as que sofriam mais transtornos e tinham mais problemas em lidar com as decepções naturais da vida.

Theodore Dalrymple notou que entre seus pacientes ricos e pobres havia o mesmo padrão: eram pessoas que se dedicavam diariamente à satisfação dos seus próprios desejos materiais, financeiros e sexuais.

Mas eram, de longe, as mais infelizes que ele conhecia.

Por que?

Porque a busca do prazer e a satisfação dos instintos é algo que está ao alcance de qualquer cachorro vira-latas. Mas nem de longe fornece um propósito de vida.

Para Dalrymple, ao determinar que todos deveriam ser ou parecer felizes, a modernidade condenou nossa sociedade à infelicidade precoce.

Sem nenhuma vida interior, sem prática espiritual, sem um olhar voltado ao próximo, as pessoas acabam governadas por instintos e desejos que as esmagam.

Não por acaso, o psiquiatra notou que as comunidades de imigrantes em Londres concentravam bem menos casos de problemas psicológicos graves ou clínicos.

E o motivo é que a espiritualidade, a fé e a prática religiosa são mais fortes nessas comunidades.

Dalrymple concluiu, portanto, que a fé e a prática espiritual são antídotos naturais contra a depressão, a ansiedade e a falta de paz mental.

O detalhe interessante é que Dalrymple é ateu.

Leia: “Podres de Mimados: as consequências do sentimentalismo tóxico”.

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