Nevou ou não nevou?

Nas últimas semanas, as brincadeiras e publicações políticas sobre o Carnaval viralizaram.

Uma das figuras desse ‘efeito nevada’ é o prefeito João Campos (PSB) (foto), do Recife, conhecido como ‘prefeito TikTok’.

Filho de Eduardo Campos, os holofotes sobre ele dividem opiniões entre seus apoiadores e críticos.

Independentemente das divergências, uma coisa é certa: João Campos e seu cabelo platinado têm sido o centro das atenções.

Há quem acredite que o fenômeno em torno do político seja espontâneo, enquanto outros suspeitam de uma estratégia de marketing coordenada às vésperas das eleições municipais, o que explicaria sua frequente presença em revistas, sites, jornais e páginas de influenciadores.

Porém, deixando a figura pessoal de lado, é importante analisar o que está acontecendo no Brasil, seja de forma orgânica ou planejada.

O Carnaval e outras grandes festividades, muitas vezes consideradas como ‘pão e circo’, não são eventos gratuitos.

Os cidadãos que pagam impostos arcam com os custos dessas celebrações que se repetem ano após ano.

Em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos, com um déficit recente de R$ 230 bilhões no primeiro ano do governo Lula, acompanhado por aumentos de impostos e taxações em diversos setores, as discussões sobre quem está ‘nevando’ ou não deveriam ser, no mínimo, secundárias para a população.

Enquanto alguns veículos de comunicação podem negligenciar ou esconder tais fatos, o Conexão Política faz questão de destacar que, sob Lula, a economia brasileira gerou 1,48 milhão de empregos com carteira assinada em 2023, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Esse número representa uma queda em relação ao ano de 2022, ainda sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando foram gerados 2,01 milhões de empregos.

Em Recife, o cenário também é vermelho e não tão diferente. No segundo trimestre de 2023, a capital pernambucana registrou a maior taxa de desemprego entre todas as capitais do Brasil.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação na Região Metropolitana do Recife atingiu 16,9%, superando as demais cidades do país.

Fonte: Conexão Política