O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está estudando a implementação de uma campanha de combate ao que chama de "fake news" focada em eleitores com idade superior a 60 anos.
No dia 20 de junho, a presidente do tribunal, Cármen Lúcia, teve uma audiência com Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta. Durante a reunião, as duas discutiram o projeto Educamídia 60+, focado na alfabetização digital de pessoas acima de 60 anos.
De acordo com a colunista da CNN Luísa Martins, há interesse da nova presidente do TSE em promover uma campanha do tipo em parceria com o instituto, e o Palavra Aberta produziria conteúdo para os canais oficiais do TSE.
O Palavra Aberta já colabora com o TSE em outros âmbitos. O instituto é, por exemplo, parceiro do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde), uma espécie de polícia eleitoral criada pelo ex-presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para agilizar a censura àquilo que o tribunal tem chamado de "fake news".
Nas eleições de 2022, o Palavra Aberta fez uma série de vídeos em que influenciadores idosos davam dicas a pessoas de sua faixa etária sobre o mundo digital. Entre os conteúdos, havia também uma cartilha específica sobre informação nas eleições.
No material, o instituto presta continência a agências de checagem como Aos Fatos, Lupa e Projeto Comprova, recomendando-as como fontes de versões fidedignas dos fatos, sem ponderar que elas não estão imunes ao enviesamento ideológico.
Fonte: Gazeta do Povo