Por Karina Michelin

O jornalista americano Glenn Greenwald (foto), qu-e publicou uma série de reportagens investigativas através da Folha de São Paulo sobre as ordens ilegais de Alexandre de Moraes, revelou que está sendo ameaçado e foi inserido no inquérito das “fake news” conhecido popularmente como o “inquérito do fim do mundo”.

Os jornalistas Fábio Serapião, Glenn Greenwald e a Folha de São Paulo passam a ser investigados, quando o investigado deveria ser o autor dos atos criminosos - que ironia, não é mesmo?

O juiz instrutor Airton Vieira, assessor principal de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, que declarou em áudios a preocupação com a forma de atuação dos gabinetes do ministro no STF e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), também está sendo investigado.

Como revelou a Folha , mensagens trocadas entre Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro ( que também está sendo investigado) mostram que o ministro transformou o setor de combate à desinformação do tribunal eleitoral durante sua presidência em um braço investigativo de seu próprio gabinete no Supremo, uma espécie de gestapo à la brasileira.

O jornalista Glenn Greenwald tem 6gb de conversas comprometedoras, ainda há material para ser publicado.

Greenwald que também foi responsável pelas reportagens investigativas da Vaza Toga na Folha de S.Paulo, revelou que em anos de profissão nunca sentiu medo ou receio de alguém como de Alexandre de Moraes, mas mesmo assim seguirá fazendo o seu trabalho.

Moraes conseguiu eliminar a constituição, instalou o lawfare, removeu a liberdade de expressão da sociedade civil e a liberdade de imprensa; o sigilo de fonte - direito constitucional previsto ao jornalista - foi abolido através de suas ordens ilegais e monocráticas.

Eu gostaria de saber se os meios de comunicação brasileiros pensam de fato, estarem imunes diante deste cenário. Todos seguirão calados?

Ainda há quem duvide que o Brasil se tornou um regime autoritário e totalitário, estamos há um passo da ditadura. Ninguém sairá imune ou ileso deste regime, ninguém…