Por Mises Brasil
O debate sobre a redução da jornada de trabalho segue quente no Brasil.
Em primeiro lugar, o debate parte de uma premissa preocupante: o estado paternalista deve proteger os trabalhadores contra os malvados empregadores. É a famosa retórica do nós contra eles, da luta de classes etc.
Em seguida, o bem intencionado argumento de que os trabalhadores merecem mais descanso e mais tempo com suas famílias. Só que as pessoas não trabalham porque acham divertido.
O trabalho é um meio para conseguir satisfazer as necessidades e os desejos dos indivíduos. E se as pessoas trabalham mais ou menos, é porque julgam necessário dentro da sua escala subjetiva de valores.
Isso nos leva à importante lição de que os salários dependem da produtividade. Nenhum empregador vai pagar mais ao trabalhador do que ele é capaz de entregar. Não faz sentido econômico.
E projetos como o atual, que buscam em uma canetada solucionar problemas complexos, só fazem o contrário: reduzem a produtividade do trabalho e, consequentemente, os salários.
Por fim, há quem defenda que reduzir a jornada de trabalho leva a um aumento na demanda por trabalhadores. Menos horas trabalhador, mais pessoas empregadas. Será?